sábado, 16 de abril de 2011

Da amizade e outras coisas




Há semanas que aquela conversa faz eco na minha cabeça e está presa no meu coração. Dissemos que esta cidade não nos dá o que queremos, precisamos de espaço e de não conhecer nada nem ninguém noutro sitio qualquer do país, só porque sim. Talvez porque eu sinto que a minha felicidade não passa por aqui e tu já tens a certeza que a tua não está aqui, está mais a sul (e que feliz que eu fico por a teres encontrado, se tu soubesses!), talvez porque precisamos de mais ou talvez seja um capricho das nossas cabeças. A verdade é que não há um dia que não deixe de pensar naquela conversa. Disseste com um ar saudodista que, "depois já não estamos juntos todos os dias, ou todas as semanas" e o clique fez-se. Já não te vou ter à distancia de meia dúzia de casas, ainda que te tenha a um telefonema de distancia. Já não vou a tua casa todos os dias à noite, já não vou ter tempo de te chatear ou de te fazer companhia ou de ver os ídolos ao domingo à noite com a televisão na rua ou de ir dar um beijinho à tua mãe e brincar com o teu sobrinho (que entretanto vai crescer e não vai querer brincar). Já não vamos poder fazer tanta coisas.
Podemos recordar sempre o que vivemos, as bebedeiras, as zangas, as piadas, os risos...
Se podemos estar afastados imenso tempo? Eu sei que sim, sei que por mais tempo que estejemos sem falar, quando nos reencontramos volta tudo ao normal.
A mudança aproxima-se e nós sentimos isso mais do que nunca. E mais do que nunca posso dizer que és como um irmão para mim e que me vai custar imenso o que está para vir, mas, como irmão que és, tenho a certeza que ainda vamos construir muitas memórias estejamos nós onde estivermos!
Antes de tudo isto acontecer, vamos ter muito para viver este ano!

Escrevi este texto depois de falar contigo e com o M. ao telemóvel, mesmo depois de me ligares a "fazeres inveja" por estares na praia, eu consigo ser fofa para com a tua pessoa <3

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